Universidade de Harvard dá voz aos familiares de vítimas da tragédia-crime da Vale em Brumadinho que clamam por justiça

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Há poucos dias falamos aqui de que as barragens do tipo a montante (aquelas onde a parede que forma a barragem é construída sobre a pilha de rejeitos, tipo mais econômico, porém comprovadamente mais inseguras) são ainda um problema no Brasil, que o seu processo de descaraterização, isso é, sua completa eliminação de forma segura, anda a passos lentos. Essa demora em resolver o problema, é em parte justificada pela complexidade das ações envolvidas e em parte pela limitação da capacidade de atuação dos órgãos de controle e fiscalização.

No último dia 25, servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) aproveitaram a data que marcava os 4 anos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho para realizar um protesto e alertar para a falta de pessoal técnico. Veja esse trecho da matéria publicada pelo G1: “Hoje, há 80 servidores do órgão no estado. Doze deles vistoriam mais de 400 barragens de Minas Gerais. Entre elas, 26 estão em situação de emergência, sendo que três estão em iminência de rompimento.”

Em outro trecho, a precariedade da agência fiscalizadora da mineração no Brasil fica mais evidente. “Em 2010, a ANM tinha 1194 funcionários no Brasil. Atualmente, são 691” afirma a matéria do jornalista Fernando Zuba para o G1 Minas.

Essa redução de pessoal é um marcador visível da precarização da fiscalização das barragens. A situação de muitas destas instalações é preocupante, segundo dados da própria ANM, existe atualmente no Brasil, 26 barragens do tipo a montante (o mesmo de Mariana e Brumadinho) em situação de alerta ou de emergência. Destas, 3 estão em emergência nível 3, quando a ruptura da barragem é iminente. Todas essas barragens estão em Minas Gerais, são elas: a barragem de rejeitos da Arcelor Mittal Brasil, em Itatiaiuçu, a barragem Forquilha III da Vale, em Ouro Preto e a barragem Sul Superior, também da Vale em Barão de Cocais.

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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
#brumadinho #acidentedetrabalho #amanhapodesertarde #legadodebrumadinho

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A ideia deste espaço sempre foi propor o diálogo sobre a importância de se colocar a vida em primeiro lugar. Hoje, 25 de janeiro de 2023, quando o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho completa 4 anos, queremos reforçar essa reflexão e lembrar um pouquinho de tudo o que já foi realizado dentro do projeto Legado de Brumadinho.

Mas antes, queremos te convidar a acompanhar o Ato em Honra às Vítimas do rompimento da Barragem que será transmitido pelo Instagram da @avabrumoficial.

Voltando ao que fizemos por aqui:

Foram muitas postagens com longas análises sobre algumas das causas do rompimento, sobre os achados das investigações feitas pelas CPIs que apuram responsabilidades sobre essa tragédia-crime. Todo esse material pode ser revisitado no nosso feed e entendemos que ele segue atual, mesmo frente aos novos desdobramentos do processo jurídico.

Falamos de parte das histórias das 272 vidas que se perderam para a lama de rejeito de mineração. Olhamos com carinho e admiração para os familiares das vítimas organizados na @avabrumoficial que conseguiram encontrar forças para lutar por Justiça, Encontro e Memória. Abordamos os dados públicos disponíveis sobre a situação de barragens de rejeito de mineração no Brasil.

Olhamos para ações no Brasil e no exterior que buscam dar visibilidade para a causa, realizamos atividades culturais em Brumadinho e outras cidades que se propõem a ressignificar o território, apoiando o processo de transformar luto em luta.

E, acima de tudo, seguimos construindo uma rede de solidariedade para as famílias das vítimas e de pertencimento do tema da segurança no trabalho como um todo, afinal como sempre dizemos por aqui, a Vida precisa estar em primeiro lugar.

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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
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A ideia deste espaço sempre foi propor o diálogo sobre a importância de se colocar a vida em primeiro lugar. Hoje, 25 de janeiro de 2023, quando o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho completa 4 anos, queremos reforçar essa reflexão e lembrar um pouquinho de tudo o que já foi realizado dentro do projeto Legado de Brumadinho.

Mas antes, queremos te convidar a acompanhar o Ato em Honra às Vítimas do rompimento da Barragem que será transmitido pelo Instagram da @avabrumoficial.

Voltando ao que fizemos por aqui:

Foram muitas postagens com longas análises sobre algumas das causas do rompimento, sobre os achados das investigações feitas pelas CPIs que apuram responsabilidades sobre essa tragédia-crime. Todo esse material pode ser revisitado no nosso feed e entendemos que ele segue atual, mesmo frente aos novos desdobramentos do processo jurídico.

Falamos de parte das histórias das 272 vidas que se perderam para a lama de rejeito de mineração. Olhamos com carinho e admiração para os familiares das vítimas organizados na @avabrumoficial que conseguiram encontrar forças para lutar por Justiça, Encontro e Memória. Abordamos os dados públicos disponíveis sobre a situação de barragens de rejeito de mineração no Brasil.

Olhamos para ações no Brasil e no exterior que buscam dar visibilidade para a causa, realizamos atividades culturais em Brumadinho e outras cidades que se propõem a ressignificar o território, apoiando o processo de transformar luto em luta.

E, acima de tudo, seguimos construindo uma rede de solidariedade para as famílias das vítimas e de pertencimento do tema da segurança no trabalho como um todo, afinal como sempre dizemos por aqui, a Vida precisa estar em primeiro lugar.

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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
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A @avabrumoficial acaba de divulgar a programação das atividades em homenagem às 272 vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho que completa 4 anos no próximo dia 25.

Programação de atividades
22/01 – Pedal em Homenagem às Vítimas – concentração às 7h – na praça das joias ao lado do letreiro.

24/01 – Seminário 4 Anos da Tragédia-Crime e os Impactos em Brumadinho e Municípios Mineradores, na Faculdade ASA, início às 8:00h.

24/01 – Carreata por Justiça, concentração às 17h, partindo do Cemitério Parque das Rosas.

No dia 25 quando o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho completa 4 anos, celebração de missa, caminhada e ato.

10h – Missa no estacionamento central de Brumadinho pela equipe da Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (@regiao_renser).
Caminhada até o letreiro da cidade, onde acontecerá o ato mensal em honra às 272 vítimas.
11h30 – Ato em honra às vítimas – exibição de vídeos em telão instalado no local, apresentação musical e transmissão pelo @avabrumoficial

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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
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O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho em 2019 criou uma onda de lama de rejeito de mineração que destruiu tudo em seu caminho. Mais de 12 milhões de metros cúbicos de lama tóxica que estavam armazenados na barragem B1 viraram uma onda que se moveu a mais de 80km arrastando máquinas, prédios, máquinas pesadas, vagões de trem e matando 272 pessoas.

Todos os números dessa história são superlativos, mas nenhum se compara ao número de órfãos que o rompimento da barragem deixou. Em questão de dois, três minutos, pelo menos 119 crianças perderam suas mães e pais, em alguns casos perderam os dois. Como os gêmeos Antônio e Geraldo, filhos de Juliana Resende e Dennis Augusto, ambos mortos pela onda de lama de rejeitos de mineração.

Imagine por um instante o seguinte: os executivos da mineradora sabiam que a barragem apresentava graves problemas de segurança – isso está documentado no relatório final da CPI da Câmara que apurou as responsabilidades sobre o rompimento – e mesmo assim, não suspenderam os trabalhos.

O refeitório e o prédio administrativo estavam na rota da destruição. Esse foi um fato calculado pela mineradora e a opção foi pelo lucro acima da vida. Para as mais de 100 crianças que perderam seus pais para a ganância, o que podemos dizer?

Podemos dizer que aprendemos uma lição como sociedade? Que depois de Brumadinho as medidas de segurança foram reforçadas? Que agora a vida está em primeiro lugar? Infelizmente ainda não.

Afinal, nosso país ainda convive com 61 barragens do mesmo tipo das que romperam em Mariana e Brumadinho. E, segundo os dados públicos mais recentes da Agência Nacional de Mineração, 19 barragens a montante estão em situação de emergência neste momento no Brasil.

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A cada postagem que recuperarmos informações e dados sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em janeiro de 2019, entendemos que é importante reforçar o que apontam, a Polícia Federal e o Ministério Público: os gestores da mineradora e da certificadora sabiam que a barragem não era segura. O rompimento em Mariana, em 2015, já tinha demonstrado que esse tipo de barragem era perigoso e mesmo assim não foram tomadas medidas para proteger os trabalhadores e a comunidade.

O relatório final da CPI da Câmara, que apurou as responsabilidades sobre o rompimento da barragem em Brumadinho, é taxativo ao afirmar que o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), entregue pela mineradora à Agência Nacional de Mineração (ANM), não passava de uma peça de ficção.

Em sua página 221 se lê: “A CPI, ao longo dos seus trabalhos, analisou diversos documentos e colheu vários depoimentos que mostram que o PAEBM elaborado pela Vale era, na verdade, um documento fictício, que não tinha condições mínimas de salvar vidas, além de não ser de pleno conhecimento dos responsáveis pela sua execução e de ter sido elaborado unicamente com o objetivo de cumprir um protocolo na ANM”.

Outro ponto interessante no relatório final da CPI está na página 517 onde se lê o seguinte trecho: “Os indícios apontam para o fato de que funcionários da Vale poderiam e deveriam ter agido para evitar o resultado – contudo, não o fizeram. Todos os envolvidos, desde os técnicos da ponta até o presidente da empresa, estavam cientes do risco de rompimento da B1 – cujas evidências remontam a 2016, logo após o desastre de Mariana – e nada fizeram para impedir a ruptura da barragem.”

É em meio a essa farta documentação, que as famílias das 272 vítimas ainda esperam o julgamento dos responsáveis. São quase quatro anos sem que a justiça tenha analisado de forma definitiva o caso.
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Comece 2023, Dia da Confraternização Universal, com arte. Assista a reprise do Concerto de Natal em Brumadinho. Transmissão dia 1o. de janeiro às 18 horas. Acompanhe pelos endereços da @inspirartescultural e @legadodebrumadinho, no YouTube e Facebook. Convide os amigos. Momento de abraçar o trabalho realizado pela Avabrum na luta pelas vítimas da barragem da Vale em Brumadinho.

Concerto de Natal em Brumadinho. Música e reflexão sobre Sincronicidades – viver o tempo juntos. Gravado dia 23/12 na Igreja Nossa Senhora da Conceição.

Serão canções de Natal interpretadas pelos músicos Lucy Rempel, Eduardo Lakschevitz e Ângelo Sanrah. Participação especial Mariana Nascimento (que perdeu o pai no rompimento da barragem) e Théo, filho do Sanrah. Lucy Rempel é pianista e arranjadora, tendo tocado em importantes salas no Brasil, Austrália e Estados Unidos. Já realizou concertos com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Eduardo Lakschevitz é Doutor em Música pela UNIRIO e Mestre pela Universidade de Missouri (EUA), tendo gravado CDs é regido diversos corais, como o da Tv Globo. Ângelo Sanrah já ganhou festivais de música em nível nacional. Idealizador da ONG Batucabrum, tendo gravado com artistas como Leila Pinheiro e Zélia Duncan.

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Esse é um texto difícil. Hoje é Natal. E também é dia 25, dia em que os familiares das 272 vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho são novamente lembrados que até agora ninguém foi responsabilizado pelo rompimento, mesmo já tendo se passado três anos e onze meses.

Todo o dia 25, é um dia de lembrar: que os executivos da mineradora sabiam que a barragem B1 da mina Córrego do Feijão em Brumadinho apresentava problemas de estabilidade, que a rota de fuga não seria efetiva no caso de rompimento da barragem e que escritórios, refeitório e ambulatório estava na rota da lama de rejeito de mineração. Todos esses fatos são públicos e estão fartamente documentados nos relatórios finais das três CPI’s(Senado, Câmara e Assembleia Legislativa MG) que apuraram as causas e responsáveis pelo rompimento da barragem em 25 de janeiro de 2019.

O mês de dezembro trouxe uma nova angústia para os familiares das vítimas e todas as pessoas que fazem parte ou se envolvem com a luta conduzida pela @avabrumoficial na busca por memória, encontro e justiça. A decisão do Supremo Tribunal Federal em alterar a instância do julgamento dos 16 acusados pelo Ministério Público de Minas Gerais, de estadual para federal.

O julgamento dos réus apontados como responsáveis pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão está, portanto, automaticamente adiada, e não há prazo para que a justiça seja feita. A morosidade para julgamento de responsáveis por acidentes de trabalho aumenta a impunidade, o que é péssimo para toda a sociedade.

Mas esse também é tempo de renovar as esperanças. Em especial no Encontro, com a localização dos restos mortais da Cristina Antunes, identificada em 20/12/2022 após 1425 dias de buscas. Essa boa nova, renova a esperança no encontro das últimas três vítimas ainda não resgatas da lama de rejeito de mineração. Esse é passo fundamental, que garante as famílias das vítimas um encerramento de ciclo.
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Sincronicidades nos unem em um mesmo tempo e propósitos. Natal celebra valores humanos em defesa da vida, dádiva da Criação, e o presente da referência manifesta na vida de Jesus. A  Avabrum e o Projeto Legado de Brumadinho convidam você e sua família para celebrarmos, juntos, o Natal através da música. Estaremos fazendo isso em memória das vidas que se transformaram em saudade a partir do rompimento da barragem da Vale, em janeiro de 2019.

O concerto de Natal será realizado no dia 23 de dezembro às 19h30 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Conceição de Itaguá). Serão canções de Natal interpretadas pelos músicos Lucy Rempel, Eduardo Lakschevitz e Ângelo Sanrah. Lucy Rempel é pianista e arranjadora, tendo tocado em importantes salas no Brasil, Austrália e Estados Unidos. Já realizou concertos com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Eduardo Lakschevitz é Doutor em Música pela UNIRIO e Mestre pela Universidade de Missouri (EUA), tendo gravado CDs é regido diversos corais, como o da Tv Globo. Ângelo Sanrah já ganhou festivais de música em nível nacional. Idealizador da ONG Batucabrum, tendo gravado com artistas como Leila Pinheiro e Zélia Duncan.

A entrada é franca. Vá e leve seus familiares e amigos.
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O concerto de Natal será realizado no dia 23 de dezembro às 19h30 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Conceição de Itaguá). Serão canções de Natal interpretadas pelos músicos Lucy Rempel, Eduardo Lakschevitz e Ângelo Sanrah. Lucy Rempel é pianista e arranjadora, tendo tocado em importantes salas no Brasil, Austrália e Estados Unidos. Já realizou concertos com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Eduardo Lakschevitz é Doutor em Música pela UNIRIO e Mestre pela Universidade de Missouri (EUA), tendo gravado CDs é regido diversos corais, como o da Tv Globo. Ângelo Sanrah já ganhou festivais de música em nível nacional. Idealizador da ONG Batucabrum, tendo gravado com artistas como Leila Pinheiro e Zélia Duncan.

A entrada é franca. Vá e leve seus familiares e amigos.
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