Sindicalistas estrangeiros participam de eventos em BH e em Brumadinho em apoio às vítimas
Representantes de uma articulação internacional de solidariedade às vítimas do rompimento da barragem vão falar à imprensa e em um ato público sobre a importância do processo contra a Tüd Süd, que tramita em Munique
A empresa alemã Tüv Süd, que emitiu laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho (MG) que se rompeu em 2019, está sendo alvo de um processo judicial na Alemanha por danos morais em decorrência da tragédia que provocou a morte de 272 pessoas. A primeira audiência contra a empresa está prevista para o dia 19 de setembro, em Munique.
Como resultado de uma articulação internacional de solidariedade às vítimas do rompimento da barragem, o secretário do Departamento de Assuntos Políticos e Internacionais do Sindicato Industrial de Mineração, Química e Energia (IGBCE), da Alemanha, Michael Wolters, e o diretor da Química e Farmacêutica, Celulose e Papel da IndustriALL Global Union, com sede em Genebra, Tom Grinter, estarão em Belo Horizonte na quinta-feira (07/07) para reforçar o apoio às vítimas e atingidos pelo rompimento da Barragem I, da Mina do Córrego do Feijão, além de falar da importância do processo contra a Tüd Süd.
Na quinta-feira (07/07), Michael Wolters e Tom Grinter participarão de uma coletiva de imprensa no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e da palestra “Movimento em Memória do Crime Ocorrido em Brumadinho e Articulação Solidária Internacional”, no Auditório Escola Superior Dom Helder Câmara. Entre os palestrantes, também estarão presentes a presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão (AVABRUM), Alexandra Andrade Gonçalves Costa, a vice-presidente da entidade, Andresa Aparecida Rocha Rodrigues, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ind. Ext. Ferro Metais Básicos Brumadinho, Agostinho José de Sales, e a advogada da Advocacia Garcez Juliana Rocha Braga. Na sexta-feira (08/07), os sindicalistas irão a Brumadinho para um encontro com a diretoria da AVABRUM.
Expoente da rede de solidariedade, o IGBCE promoveu uma mobilização na Alemanha com o intuito de apoiar as vítimas da tragédia no Brasil e propiciar uma atuação internacional em Munique contra a empresa Tüv Süd. No processo judicial, a empresa é acusada de ter produzido, conscientemente e de forma dolosa, uma declaração positiva de estabilidade – Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) – da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, de propriedade da mineradora Vale S.A. A Tüv Süd certificou a barragem como segura e estável em setembro de 2018, embora não tivesse as características necessárias para tanto, e, quatro meses depois, em 25 de janeiro de 2019, a barragem desabou.
Com a finalidade de responsabilizar a Tüv Süd pelos danos morais sofridos pelas vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem, o IGBCE, o escritório de Advocacia Garcez eos advogados alemães Dr. Rüdiger Helm e Dr. Ulrich von Jeinsen se uniram e, em 24 de janeiro de 2021, na Alemanha, propuseram uma ação indenizatória em favor de 183 assistidos, incluindo trabalhadores, sobreviventes e familiares de vítimas. No Brasil, a despeito das investigações e provas que demonstram a responsabilidade da empresa alemã, não foi atribuído nenhum tipo de penalidade ou condenação à Tüv Süd.
A abertura do processo judicial na Alemanha e a articulação internacional liderada pelo IGBCE contam com o apoio da AVABRUM e do Sindicato Metabase. O evento a ser realizado na Escola Superior Dom Helder Câmara tem o objetivo de divulgar a rede de solidariedade em favor das vítimas e atingidos da tragédia que estarão representados por três dos seis palestrantes: Alexandra Andrade Costa – presidente da AVABRUM – é irmã de Sandro Andrade e prima de Marlon Gonçalves, vítimas da tragédia; Andresa Rocha Rodrigues – vice-presidente da AVABRUM – é mãe da vítima Bruno Rodrigues; e Juliana Braga é atingida.
A visita de Michael Wolters e de Tom Grinter ao Brasil tem o objetivo de conferir visibilidade em escala global das iniciativas empreendidas e reforçar a necessidade de responsabilização judicial pelas mortes em razão do colapso da barragem, tragédia que é considerada o segundo maior desastre industrial do século XXI e o maior acidente de trabalho do Brasil. Wolters e Grinter colocam-se na posição de ativistas internacionais e atuam, nesse sentido, para que empresas alemãs respondam por suas condutas refratárias praticadas em territórios de outros Estados. A mobilização empreendida pelos ativistas está em sintonia com a atuação do Projeto Legado de Brumadinho, idealizado pela AVABRUM, para que tragédias como a de Brumadinho nunca mais aconteçam.
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Representantes de uma articulação internacional de solidariedade às vítimas do rompimento da barragem vão falar à imprensa e em um ato público sobre a importância do processo contra a Tüd Süd, que tramita em Munique
A empresa alemã Tüv Süd, que emitiu laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho (MG) que se rompeu em 2019, está sendo alvo de um processo judicial na Alemanha por danos morais em decorrência da tragédia que provocou a morte de 272 pessoas. A primeira audiência contra a empresa está prevista para o dia 19 de setembro, em Munique.
Como resultado de uma articulação internacional de solidariedade às vítimas do rompimento da barragem, o secretário do Departamento de Assuntos Políticos e Internacionais do Sindicato Industrial de Mineração, Química e Energia (IGBCE), da Alemanha, Michael Wolters, e o diretor da Química e Farmacêutica, Celulose e Papel da IndustriALL Global Union, com sede em Genebra, Tom Grinter, estarão em Belo Horizonte na quinta-feira (07/07) para reforçar o apoio às vítimas e atingidos pelo rompimento da Barragem I, da Mina do Córrego do Feijão, além de falar da importância do processo contra a Tüd Süd.
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Expoente da rede de solidariedade, o IGBCE promoveu uma mobilização na Alemanha com o intuito de apoiar as vítimas da tragédia no Brasil e propiciar uma atuação internacional em Munique contra a empresa Tüv Süd. No processo judicial, a empresa é acusada de ter produzido, conscientemente e de forma dolosa, uma declaração positiva de estabilidade – Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) – da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, de propriedade da mineradora Vale S.A. A Tüv Süd certificou a barragem como segura e estável em setembro de 2018, embora não tivesse as características necessárias para tanto, e, quatro meses depois, em 25 de janeiro de 2019, a barragem desabou.
Com a finalidade de responsabilizar a Tüv Süd pelos danos morais sofridos pelas vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem, o IGBCE, o escritório de Advocacia Garcez eos advogados alemães Dr. Rüdiger Helm e Dr. Ulrich von Jeinsen se uniram e, em 24 de janeiro de 2021, na Alemanha, propuseram uma ação indenizatória em favor de 183 assistidos, incluindo trabalhadores, sobreviventes e familiares de vítimas. No Brasil, a despeito das investigações e provas que demonstram a responsabilidade da empresa alemã, não foi atribuído nenhum tipo de penalidade ou condenação à Tüv Süd.
A abertura do processo judicial na Alemanha e a articulação internacional liderada pelo IGBCE contam com o apoio da AVABRUM e do Sindicato Metabase. O evento a ser realizado na Escola Superior Dom Helder Câmara tem o objetivo de divulgar a rede de solidariedade em favor das vítimas e atingidos da tragédia que estarão representados por três dos seis palestrantes: Alexandra Andrade Costa – presidente da AVABRUM – é irmã de Sandro Andrade e prima de Marlon Gonçalves, vítimas da tragédia; Andresa Rocha Rodrigues – vice-presidente da AVABRUM – é mãe da vítima Bruno Rodrigues; e Juliana Braga é atingida.
A visita de Michael Wolters e de Tom Grinter ao Brasil tem o objetivo de conferir visibilidade em escala global das iniciativas empreendidas e reforçar a necessidade de responsabilização judicial pelas mortes em razão do colapso da barragem, tragédia que é considerada o segundo maior desastre industrial do século XXI e o maior acidente de trabalho do Brasil. Wolters e Grinter colocam-se na posição de ativistas internacionais e atuam, nesse sentido, para que empresas alemãs respondam por suas condutas refratárias praticadas em territórios de outros Estados. A mobilização empreendida pelos ativistas está em sintonia com a atuação do Projeto Legado de Brumadinho, idealizado pela AVABRUM, para que tragédias como a de Brumadinho nunca mais aconteçam.
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