Barragens em emergência no Brasil

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A situação das barragens de mineração em emergência se agravou muito no último período. Segundo dados públicos da Agência Nacional de Mineração (AMN), das 462 instalações que estão enquadradas na Política Nacional de Segurança de Barragens, 88 estão em situação de alerta ou emergência declarada, segundo dados disponíveis no relatório da agência de janeiro de 2023.
Isso mesmo, ainda temos 88 barragens de rejeitos de mineração no Brasil que estão em situação de alerta ou de emergência, colocando trabalhadores e comunidades do entorno em risco. O país de Mariana e Brumadinho – cidades para sempre marcadas pela lama que soterra, mata e destrói sonhos e a biodiversidade – teima em não aprender a lição.
O que mais impressiona é que este é um número que está crescendo. Em fevereiro de 2022 eram 41 barragens nessa situação, hoje mais que o dobro de instalações apresentam risco de rompimento e demanda intervenção e monitoramento para evitar novas tragédias. E, se por um lado, a maior publicidade em cima deste tipo de dado aumenta a pressão pública por uma conduta mais segura das empresas, também demonstra que esse é um problema longe do fim.
Os dados estão disponíveis no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração da Agência Nacional de Mineração (ANM) e nas publicações mensais da Agência.
Uma de nossas preocupações é ampliar a visibilidade do debate sobre o trabalho seguro, em especial na mineração. A responsabilização dos que foram negligentes é uma medida importante para desestimular práticas que colocam o lucro acima da vida humana. O grito de alerta sobre os riscos para os trabalhadores e comunidade é parte das ações que buscam honrar a memória das pessoas mortas em 25 de janeiro de 2019, com o rompimento da barragem B1 na Mina Córrego do Feijão da Vale.
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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
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