Acidentes de trabalho com óbito

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Na última década 23.879 pessoas morreram em acidentes de trabalho. O Brasil sustenta uma triste média de mais de dois mil óbitos por ano, e isso, porque os dados públicos disponíveis só tratam daqueles profissionais com vínculo de emprego regular. Então, o número real de pessoas que morrem ao trabalhar pode ser ainda maior, já que muitos brasileiros atuam na informalidade.
É sempre bom lembrar que cada um daqueles quase 24 mil mortos tinha famílias, sonhos e amores. E como estamos próximos do dia-a-dia da @avabrumoficial e de sua luta por memória, encontro e justiça, conseguimos dar nomes e rostos a essas famílias, e com esse contexto, 23.879 deixam de ser um número e passam a ser histórias contadas por aqueles que ficaram.
Por exemplo, o Renato Maia, uma das 272 vítimas da lama de rejeito de mineração que cobriu a mina do Córrego do Feijão, era pai da Maria Luiza e um homem dedicado a família e aos estudos. No começo de 2019, dias antes de ser morto no rompimento, ele tinha se matriculado no curso de Engenharia Ambiental, seu desejo por se qualificar foi brutalmente interrompido.
É importante que tenhamos os fatos sempre na memória: a mineradora sabia que a barragem não era segura, que a localização do refeitório e as instalações administrativas estavam dentro da rota da lama de detritos de mineração e que as rotas de fuga não seriam efetivas.
Todos estes fatos estão disponíveis em documentos públicos, como os relatórios finais das três CPI’s e as investigações da polícia civil mineira e da Polícia Federal. Mesmo com esse conjunto de provas da omissão dos gestores da mineradora, até hoje, três anos e nove meses depois do rompimento, ninguém foi responsabilizado.
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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
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