23 Barragens a montante em situação de emergência

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A necessidade de julgamento dos responsáveis pela tragédia-crime do rompimento da mina em Brumadinho foi a tônica do protesto da https://www.instagram.com/avabrumoficial/ (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão) na abertura da Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram) – o maior evento nacional do setor de mineração.
A vasta documentação – relatórios de três CPIs, da Polícia Federal e do Ministério Público – aponta sempre no mesmo sentido: os gestores da mineradora e da certificadora sabiam que a barragem não era segura. O rompimento em Mariana, já tinha demonstrado que esse tipo de barragem era perigoso e mesmo assim não foram tomadas medidas para proteger os trabalhadores e a comunidade.
Passados quase quatro anos, as famílias das 272 vítimas ainda esperam o julgamento dos responsáveis e que a justiça analise de forma definitiva o caso. E que o Poder público e as empresas do setor coloquem a vida como prioridade absoluta.
E o alerta para que nunca mais aconteça, infelizmente, ainda não foi ouvido pelas autoridades e empresas.
Centenas de famílias convivem diáriamente com a proximidade de barragens construídas com o mesmo método das que romperam. Segundo os dados do “Report Trimestral Descaracterização de Barragens a Montante”, de agosto de 2022, da Agência Nacional de Mineração, em Brumadinho, três barragens deste tipo ainda não foram descaracterizadas. No Brasil, ao todo, são 56 instalações dentro desta mesma condição, sendo que 23 em situação de emergência.
Esse conjunto de dados reafirma a importância da atuação da sociedade civil, como bem disse Maria Regina da Silva, do Conselho Fiscal da diretoria da AVABRUM, após o protesto. A presença da AVABRUM no evento é justamente para cobrar que seja feita justiça: “Nós queremos leis mais rígidas, mais fiscalização e queremos punição dos responsáveis pelo rompimento da barragem”, afirmou.

Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
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