Pedal em Brumadinho: 1º Memory Day une ciclistas e familiares em homenagem a vítimas do rompimento
Cada ciclista representou uma das 272 vítimas fatais da tragédia. Durante o percurso, participantes reafirmaram o grito por Justiça, para que os responsáveis sejam julgados e presos. Ação foi a primeira organizada nesta semana para lembrar os 4 anos da tragédia-crime
O 1º Memory Day de Brumadinho reuniu na manhã desde domingo (22/01) cerca de 300 ciclistas e familiares de vítimas do rompimento da barragem da Vale. Na concentração, na entrada da cidade, cada ciclista recebeu, para fixar na sua bike, uma placa com o nome de uma Joia, como é carinhosamente chamada cada uma das 272 vidas perdidas na tragédia, que completa 4 anos no próximo dia 25. Representando assim todas as 272 vítimas, o grupo realizou um passeio ciclístico pelas ruas do Centro de Brumadinho, passando pela região do Inhotim, Ponte dos Caminhoneiros, até o retorno à entrada da cidade.
“Essa ação linda e maravilhosa que nós estamos fazendo é para reafirmar o nosso compromisso com a memória viva de cada uma das 272 vítimas desta tragédia-crime sem precedentes que aconteceu na barragem da Vale”, afirmou Andresa Rocha Rodrigues, vice-presidente da AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão), que organizou o Memory Day em parceria com o grupo Pedalantes de Mário e o Projeto Legado de Brumadinho.
A presidente da AVABRUM, Alexandra Andrade, usou a bicicleta e os equipamentos do irmão, morto na tragédia da Vale. “Sandro gostava muito de pedalar nas horas vagas. Hoje eu estou indo neste passeio com a bicicleta e o capacete dele, que ele amava usar. Eu nunca pedalei, mas aprendi na bicicleta dele para poder estar aqui hoje. Pedalamos em homenagem às 272 joias e lutamos por justiça, para que as pessoas culpadas sejam punidas, encontro das três joias e memória para que o crime não se repita”, disse.
A atividade começou às 7h, com um grande café da manhã. Antes da largada, muitos familiares emocionados procuravam os ciclistas que carregavam na sua bike a placa com o nome do seu ente querido. A intenção era tirar fotos e registrar o momento.
“Eu levei a placa do Marlon Gonçalves, meu cunhado. Achei muito gratificante participar e reafirmar a memória dele e de nossas Joias. É um evento que tem muita gente de fora, e isso nos dá força, porque mostra que não estamos sozinhos. Vemos que a AVABRUM segue lutando há 4 anos, diariamente, e temos que fazer a nossa parte e representar”, disse Jéssika Reis.
Na multidão de ciclistas, estavam amantes da modalidade de vários lugares, idades, classes, grupos, além de participantes de outros estados e até do exterior. Houve também a participação de ciclistas cadeirantes do grupo Brisa no Rosto, que destacaram a emoção de participar do Memory Day.
Rosas brancas e amarelas
Após mais de 10 km de pedaladas, os participantes chegaram até a Praça das Joias para recebimento da medalha. No ato, cada ciclista leu o nome da Joia que estava estampada em sua placa e colocou uma rosa branca no número 272 — número de vidas ceifadas no rompimento da barragem. Dentre as rosas, três eram na cor amarela, que simbolizaram as três Joias ainda não encontradas: Maria de Lurdes da Costa Bueno, Nathália de Oliveira Porto Araújo e Tiago Tadeu Mendes da Silva.
Para Andresa Rodrigues, a ação promovida reafirmou o compromisso com a memória de cada uma das 272 vítimas da tragédia-crime. “A atividade visou envolver Brumadinho, Mário Campos, Sarzedo e todas as regiões, e dizer que as nossas Joias seguem presentes, vivas, e hoje aqui representadas em cada ciclista, vindo de vários lugares, para dizer que sentem a nossa dor e partilham dela, e que seguimos juntos na busca por justiça, memória e luta pelas três joias ainda não encontradas”, afirmou. Para ela, a participação de várias crianças também foi marcante. “Elas significam continuidade da luta e preservação da memória”, acrescentou Andresa.
Durante o 1º Memory Day de Brumadinho foram recolhidas fraldas, que serão encaminhadas para asilos de idosos e instituições sem fins lucrativos, pessoas de baixa renda e vulneráveis.
Cada ciclista representou uma das 272 vítimas fatais da tragédia. Durante o percurso, participantes reafirmaram o grito por Justiça, para que os responsáveis sejam julgados e presos. Ação foi a primeira organizada nesta semana para lembrar os 4 anos da tragédia-crime
O 1º Memory Day de Brumadinho reuniu na manhã desde domingo (22/01) cerca de 300 ciclistas e familiares de vítimas do rompimento da barragem da Vale. Na concentração, na entrada da cidade, cada ciclista recebeu, para fixar na sua bike, uma placa com o nome de uma Joia, como é carinhosamente chamada cada uma das 272 vidas perdidas na tragédia, que completa 4 anos no próximo dia 25. Representando assim todas as 272 vítimas, o grupo realizou um passeio ciclístico pelas ruas do Centro de Brumadinho, passando pela região do Inhotim, Ponte dos Caminhoneiros, até o retorno à entrada da cidade.
“Essa ação linda e maravilhosa que nós estamos fazendo é para reafirmar o nosso compromisso com a memória viva de cada uma das 272 vítimas desta tragédia-crime sem precedentes que aconteceu na barragem da Vale”, afirmou Andresa Rocha Rodrigues, vice-presidente da AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão), que organizou o Memory Day em parceria com o grupo Pedalantes de Mário e o Projeto Legado de Brumadinho.
A presidente da AVABRUM, Alexandra Andrade, usou a bicicleta e os equipamentos do irmão, morto na tragédia da Vale. “Sandro gostava muito de pedalar nas horas vagas. Hoje eu estou indo neste passeio com a bicicleta e o capacete dele, que ele amava usar. Eu nunca pedalei, mas aprendi na bicicleta dele para poder estar aqui hoje. Pedalamos em homenagem às 272 joias e lutamos por justiça, para que as pessoas culpadas sejam punidas, encontro das três joias e memória para que o crime não se repita”, disse.
A atividade começou às 7h, com um grande café da manhã. Antes da largada, muitos familiares emocionados procuravam os ciclistas que carregavam na sua bike a placa com o nome do seu ente querido. A intenção era tirar fotos e registrar o momento.
“Eu levei a placa do Marlon Gonçalves, meu cunhado. Achei muito gratificante participar e reafirmar a memória dele e de nossas Joias. É um evento que tem muita gente de fora, e isso nos dá força, porque mostra que não estamos sozinhos. Vemos que a AVABRUM segue lutando há 4 anos, diariamente, e temos que fazer a nossa parte e representar”, disse Jéssika Reis.
Na multidão de ciclistas, estavam amantes da modalidade de vários lugares, idades, classes, grupos, além de participantes de outros estados e até do exterior. Houve também a participação de ciclistas cadeirantes do grupo Brisa no Rosto, que destacaram a emoção de participar do Memory Day.
Rosas brancas e amarelas
Após mais de 10 km de pedaladas, os participantes chegaram até a Praça das Joias para recebimento da medalha. No ato, cada ciclista leu o nome da Joia que estava estampada em sua placa e colocou uma rosa branca no número 272 — número de vidas ceifadas no rompimento da barragem. Dentre as rosas, três eram na cor amarela, que simbolizaram as três Joias ainda não encontradas: Maria de Lurdes da Costa Bueno, Nathália de Oliveira Porto Araújo e Tiago Tadeu Mendes da Silva.
Para Andresa Rodrigues, a ação promovida reafirmou o compromisso com a memória de cada uma das 272 vítimas da tragédia-crime. “A atividade visou envolver Brumadinho, Mário Campos, Sarzedo e todas as regiões, e dizer que as nossas Joias seguem presentes, vivas, e hoje aqui representadas em cada ciclista, vindo de vários lugares, para dizer que sentem a nossa dor e partilham dela, e que seguimos juntos na busca por justiça, memória e luta pelas três joias ainda não encontradas”, afirmou. Para ela, a participação de várias crianças também foi marcante. “Elas significam continuidade da luta e preservação da memória”, acrescentou Andresa.
Durante o 1º Memory Day de Brumadinho foram recolhidas fraldas, que serão encaminhadas para asilos de idosos e instituições sem fins lucrativos, pessoas de baixa renda e vulneráveis.
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