No Pará, mais de mil pessoas visitam o estande dos familiares das vítimas do rompimento da barragem na Exposibram-2023
Representantes das 272 vítimas fatais da tragédia-crime pediram aos trabalhadores da
mineração 1 minuto de silêncio em todos os dias 25, às 12h28, mesmo dia e horário em que
a barragem de rejeitos de minério rompeu em Brumadinho, em janeiro de 2019
Mais de mil pessoas conheceram o estande da AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) na Exposibram-2023, entre os dias 28 e 31 de agosto, no Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, que este ano aconteceu em Belém, no Pará. No encontro, representantes dos familiares, além de expor as consequências do rompimento da barragem, em 25 de janeiro de 2019, cobraram por mudanças nas leis minerárias para que a vida – e não o lucro – seja priorizada.
Após 4 anos e 7 meses da tragédia-crime, o julgamento dos réus na ação penal ainda não tem data para acontecer.
Na maior feira de mineração da América Latina, os familiares puderam contar aos visitantes sobre as bandeiras de luta da AVABRUM, que são Justiça, para que os responsáveis sejam punidos; Encontro de Maria de Lurdes Bueno, Nathália Araújo e Tiago Silva, as 3 vítimas que ainda não foram localizadas; Memória, para que a tragédia não seja esquecida; Não repetição do crime e Direitos dos familiares. Muitos visitantes, boa parte deles trabalhadores da mineração, se emocionaram ao ouvir os relatos e se sensibilizaram pela causa – em apoio à luta da associação, mais de 700 assinaturas foram recolhidas.
Durante a exposição, os representantes dos familiares pediram especialmente aos trabalhadores da mineração 1 minuto de silêncio todo dia 25, às 12h28, mesmo dia e horário em que a barragem de rejeitos de minério rompeu. “Pedimos o apoio deles à nossa causa também com este gesto em seus locais de trabalho. Dessa forma eles se juntam a nós: todos os dias 25, em Brumadinho, também fazemos a nossa homenagem com o minuto de silêncio”, explica Maria Regina da Silva, diretora da AVABRUM que perdeu a filha Priscila Elen da Silva na tragédia.
“É muito importante a associação ter esse espaço [na Exposibram], pois essa história é nossa, dos atingidos, e nesses locais podemos contar o que realmente aconteceu e ainda está acontecendo. Falar sobre a falta de segurança na mineração e sobre o caso de Brumadinho é muito importante para que crimes como esse não fiquem impunes e não venham a acontecer novamente. Nosso estande foi
um dos mais visitados. Pessoas de todas as idades e influências nos procuraram”, disse Felipe Coelho, da diretoria da AVABRUM e que perdeu o pai, Olavo Henrique Coelho, no rompimento da barragem.
Para Jacira Francisca Costa, também da diretoria da AVABRUM, a presença da associação na feira foi muito positiva. “Muitas pessoas passaram pelo nosso estande e várias esperavam na fila para saber sobre a AVABRUM. Alguns choravam ao ouvir nossas histórias e incentivavam a associação a continuar
lutando. Alguns visitantes relataram que, quando souberam que estávamos no evento, fizeram de tudo para conhecer nosso espaço”, relata Jacira, mãe de Thiago Mateus Costa – uma das vítimas fatais.
Além de trabalhadores da mineração, passaram pelo estande bombeiros, estudantes, jornalistas, autoridades, entre outros. Entre eles, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Belens Jungmann Pinto, o diretor de comunicação do Ibram, Paulo Henrique Leal Soares, e o deputado estadual Pedro Aihara, ex-porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, responsável pelas atualizações sobre o rompimento da barragem de Brumadinho. Todos que passaram pelo estande puderam ver e levar flyers de conscientização e a com história da organização, e botons. O estande também apresentou vídeos com imagens do dia da tragédia e das 272 vítimas fatais, as Joias, como são chamadas pelos familiares, além de um uniforme sujo de sangue de um trabalhador vitimado pela onda de lama.
Esta é a quarta vez que os familiares de vítimas da tragédia em Brumadinho participam da maior feira de mineração da América Latina, sendo essa, a primeira vez fora do estado de Minas Gerais. Os integrantes da diretoria da AVABRUM viajaram a Belém do Pará com o apoio do Legado de Brumadinho*, projeto que nasceu da necessidade de ampliar a voz dos familiares pelas suas bandeiras, para não deixar que esse rompimento caia no esquecimento e fazer um alerta: a prevenção de tragédias precisa ser feita hoje, porque amanhã pode ser tarde.
Representantes das 272 vítimas fatais da tragédia-crime pediram aos trabalhadores da
mineração 1 minuto de silêncio em todos os dias 25, às 12h28, mesmo dia e horário em que
a barragem de rejeitos de minério rompeu em Brumadinho, em janeiro de 2019
Mais de mil pessoas conheceram o estande da AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) na Exposibram-2023, entre os dias 28 e 31 de agosto, no Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, que este ano aconteceu em Belém, no Pará. No encontro, representantes dos familiares, além de expor as consequências do rompimento da barragem, em 25 de janeiro de 2019, cobraram por mudanças nas leis minerárias para que a vida – e não o lucro – seja priorizada.
Após 4 anos e 7 meses da tragédia-crime, o julgamento dos réus na ação penal ainda não tem data para acontecer.
Na maior feira de mineração da América Latina, os familiares puderam contar aos visitantes sobre as bandeiras de luta da AVABRUM, que são Justiça, para que os responsáveis sejam punidos; Encontro de Maria de Lurdes Bueno, Nathália Araújo e Tiago Silva, as 3 vítimas que ainda não foram localizadas; Memória, para que a tragédia não seja esquecida; Não repetição do crime e Direitos dos familiares. Muitos visitantes, boa parte deles trabalhadores da mineração, se emocionaram ao ouvir os relatos e se sensibilizaram pela causa – em apoio à luta da associação, mais de 700 assinaturas foram recolhidas.
Durante a exposição, os representantes dos familiares pediram especialmente aos trabalhadores da mineração 1 minuto de silêncio todo dia 25, às 12h28, mesmo dia e horário em que a barragem de rejeitos de minério rompeu. “Pedimos o apoio deles à nossa causa também com este gesto em seus locais de trabalho. Dessa forma eles se juntam a nós: todos os dias 25, em Brumadinho, também fazemos a nossa homenagem com o minuto de silêncio”, explica Maria Regina da Silva, diretora da AVABRUM que perdeu a filha Priscila Elen da Silva na tragédia.
“É muito importante a associação ter esse espaço [na Exposibram], pois essa história é nossa, dos atingidos, e nesses locais podemos contar o que realmente aconteceu e ainda está acontecendo. Falar sobre a falta de segurança na mineração e sobre o caso de Brumadinho é muito importante para que crimes como esse não fiquem impunes e não venham a acontecer novamente. Nosso estande foi
um dos mais visitados. Pessoas de todas as idades e influências nos procuraram”, disse Felipe Coelho, da diretoria da AVABRUM e que perdeu o pai, Olavo Henrique Coelho, no rompimento da barragem.
Para Jacira Francisca Costa, também da diretoria da AVABRUM, a presença da associação na feira foi muito positiva. “Muitas pessoas passaram pelo nosso estande e várias esperavam na fila para saber sobre a AVABRUM. Alguns choravam ao ouvir nossas histórias e incentivavam a associação a continuar
lutando. Alguns visitantes relataram que, quando souberam que estávamos no evento, fizeram de tudo para conhecer nosso espaço”, relata Jacira, mãe de Thiago Mateus Costa – uma das vítimas fatais.
Além de trabalhadores da mineração, passaram pelo estande bombeiros, estudantes, jornalistas, autoridades, entre outros. Entre eles, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Belens Jungmann Pinto, o diretor de comunicação do Ibram, Paulo Henrique Leal Soares, e o deputado estadual Pedro Aihara, ex-porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, responsável pelas atualizações sobre o rompimento da barragem de Brumadinho. Todos que passaram pelo estande puderam ver e levar flyers de conscientização e a com história da organização, e botons. O estande também apresentou vídeos com imagens do dia da tragédia e das 272 vítimas fatais, as Joias, como são chamadas pelos familiares, além de um uniforme sujo de sangue de um trabalhador vitimado pela onda de lama.
Esta é a quarta vez que os familiares de vítimas da tragédia em Brumadinho participam da maior feira de mineração da América Latina, sendo essa, a primeira vez fora do estado de Minas Gerais. Os integrantes da diretoria da AVABRUM viajaram a Belém do Pará com o apoio do Legado de Brumadinho*, projeto que nasceu da necessidade de ampliar a voz dos familiares pelas suas bandeiras, para não deixar que esse rompimento caia no esquecimento e fazer um alerta: a prevenção de tragédias precisa ser feita hoje, porque amanhã pode ser tarde.
Dia 7 vai ter concerto com Marcus Viana, autor da trilha do Pantanal, e debate com Padre Júlio, Marina Siva e Daniela Arbex
Leia +São Paulo é o líder, com 35% das ocorrências, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Leia +O rompimento da barragem que matou 272 pessoas em 2019, é considerado o maior Acidente de Trabalho do Brasil
Leia +