Familiares de vítimas de Brumadinho protestam na porta da TÜV SÜD, na Alemanha
Mesmo com todas as provas oficiais das investigações que a empresa alemã emitiu laudos falsos de estabilidade da barragem em Brumadinho, até hoje ninguém foi responsabilizado
Brumadinho, 15 de maio de 2024 – Para alertar a sociedade sobre o risco de impunidade, na tarde de ontem, a AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) foi mais uma vez à sede global da Tüv Süd em Munique, na Alemanha, lembrar seus executivos de que eles são tão culpados pelas 272 mortes quanto a mineradora Vale. Na sequência, os representantes das vítimas fizeram debates sobre a tragédia-crime e a falta de justiça.
Crítica à Tüv Süd
Durante a ação, os manifestantes protestaram contra o slogan da certificadora que prega em seu compromisso e missão: “Mais valor. Mais confiança”. “Uma empresa que diz ser a escolha mais confiável para o desenvolvimento de soluções de segurança, proteção e sustentabilidade, não deveria se vender por valores financeiros. Onde está a transparência da Tüv Süd que até hoje se manteve calada sobre a tragédia-crime de Brumadinho? Quando ela irá assumir que matou 272 vidas, destruiu o meio ambiente e mudou para sempre a vida dos familiares das vítimas e de toda a comunidade?, questionou Josiane Melo, que perdeu na tragédia-crime a irmã Eliane de Oliveira Melo, de 39 anos, grávida de 5 meses da Maria Elisa.
“A TÜV Süd escolheu matar quando assinou um laudo abaixo do que era aceito”, disse Nayara Porto, que perdeu o marido Everton Lopes Ferreira, de 32 anos, no rompimento da barragem. “É uma luta de Davi contra Golias, mas estamos com uma expectativa boa sobre a responsabilização da certificadora. Esperamos que a justiça aconteça aqui na Alemanha e no Brasil”, completou.
Na imagem, da esquerda para direita, Josiane Melo e Nayara Porto, familiares de vítimas, que estão representando a AVABRUM na Alemanha – Foto: Acervo AVABRUM
Sabiam do risco
Segundo investigações oficiais realizadas pela Polícia Federal, pelos Ministérios Públicos de Minas Gerais e Federal e por três Comissões Parlamentares de Inquérito (Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado), a empresa Tüv Süd sabia dos riscos do rompimento, mas não queria perder contrato milionário com a mineradora. Atualmente, a certificadora responde por crimes ambientais no Brasil e também é processada na Alemanha por familiares de cinco vítimas.
Mesmo com todas as provas oficiais das investigações que a empresa alemã emitiu laudos falsos de estabilidade da barragem em Brumadinho, até hoje ninguém foi responsabilizado
Brumadinho, 15 de maio de 2024 – Para alertar a sociedade sobre o risco de impunidade, na tarde de ontem, a AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) foi mais uma vez à sede global da Tüv Süd em Munique, na Alemanha, lembrar seus executivos de que eles são tão culpados pelas 272 mortes quanto a mineradora Vale. Na sequência, os representantes das vítimas fizeram debates sobre a tragédia-crime e a falta de justiça.
Crítica à Tüv Süd
Durante a ação, os manifestantes protestaram contra o slogan da certificadora que prega em seu compromisso e missão: “Mais valor. Mais confiança”. “Uma empresa que diz ser a escolha mais confiável para o desenvolvimento de soluções de segurança, proteção e sustentabilidade, não deveria se vender por valores financeiros. Onde está a transparência da Tüv Süd que até hoje se manteve calada sobre a tragédia-crime de Brumadinho? Quando ela irá assumir que matou 272 vidas, destruiu o meio ambiente e mudou para sempre a vida dos familiares das vítimas e de toda a comunidade?, questionou Josiane Melo, que perdeu na tragédia-crime a irmã Eliane de Oliveira Melo, de 39 anos, grávida de 5 meses da Maria Elisa.
“A TÜV Süd escolheu matar quando assinou um laudo abaixo do que era aceito”, disse Nayara Porto, que perdeu o marido Everton Lopes Ferreira, de 32 anos, no rompimento da barragem. “É uma luta de Davi contra Golias, mas estamos com uma expectativa boa sobre a responsabilização da certificadora. Esperamos que a justiça aconteça aqui na Alemanha e no Brasil”, completou.
Na imagem, da esquerda para direita, Josiane Melo e Nayara Porto, familiares de vítimas, que estão representando a AVABRUM na Alemanha – Foto: Acervo AVABRUM
Sabiam do risco
Segundo investigações oficiais realizadas pela Polícia Federal, pelos Ministérios Públicos de Minas Gerais e Federal e por três Comissões Parlamentares de Inquérito (Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado), a empresa Tüv Süd sabia dos riscos do rompimento, mas não queria perder contrato milionário com a mineradora. Atualmente, a certificadora responde por crimes ambientais no Brasil e também é processada na Alemanha por familiares de cinco vítimas.
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