O meio ambiente é também vítima da falta de segurança no trabalho
Um estudo feito pela Fundação SOS Mata Atlântica mostrou que, antes da tragédia considerada o maior acidente de trabalho do Brasil, Brumadinho tinha 15.490 hectares bem preservados de Mata Atlântica, o equivalente a 830 campos de futebol. Isso representa 24,22% do que havia do bioma originalmente no município. Existiam também outros 7.058 hectares de florestas naturais. Além das 272 pessoas e de um incontável número de animais que morreram, o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão resultou na perda de 112 hectares de florestas nativas. Destes, 55 eram de áreas bem preservadas, monitoradas anualmente pelo Atlas da Mata Atlântica.
Indicadores obtidos um ano após o rompimento da barragem mostraram que a água do Rio Paraopeba continuava imprópria para uso ao longo dos 356 quilômetros impactados pelos rejeitos de minério. Nos 21 pontos de coleta monitorados, a qualidade da água estava ruim em 11 e péssima em nove. Segundo o Greenpeace Brasil, ao menos 17 municípios que ficam no entorno do rio foram afetados pelo desastre ambiental, atingindo cerca de 600 mil pessoas. Com a mudança drástica na qualidade da água, os ecossistemas, as atividades econômicas e a vida das comunidades dessas regiões hidrográficas foram bruscamente alteradas.
A análise detectou a presença de ferro, manganês e cobre em níveis muito acima dos limites máximos fixados na legislação. “O estrago que foi feito em Brumadinho no nível social e ambiental é irreparável, estamos falando de vidas, histórias, espécies biodiversas que foram ceifadas pelo mar de lama. O que aconteceu não foi um desastre ambiental de proporção local, foi um crime ambiental de alcance global, que afeta famílias e comunidades locais que sequer são consultadas no momento de implementação de uma barragem”, afirma Pamela Gopi, porta-voz da campanha de clima e justiça do Greenpeace Brasil.
No dia em que se completaram três anos do rompimento da barragem, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) informou que, em 2021, houve um aumento de 35% nas fiscalizações para vistoriar a eficiência das intervenções emergenciais, contenção e remoção de rejeitos, manejo de fauna, ações de restauração e reabilitação das áreas. Mas isso não é o bastante: a população entende que é muito importante que a prática do turismo ambiental seja retomada para que comerciantes, empreendedores, guias e famílias inteiras que dependem desta atividade econômica voltem a ter dignidade e esperança.
De acordo com estudo publicado pelo Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas), Minas Gerais é o terceiro estado que mais perdeu água nas últimas décadas: saldo negativo de mais de 118 mil hectares. O estado da Região Sudeste fica atrás apenas do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, ambos no Centro-Oeste do país.
#Amanhã pode ser tarde
- 446.881 acidentes de trabalho foram regisrados o Brasil em 2020
- 1.866 trabalhadores morrem no mesmo período
- São 8 mortes para cada 100 mil empregados
- São Paulo é líder em acidentes, com 148.103 casos
- Minas Gerais ocupa a segunda posição, com 46.901 acidente
- Brumadinho foi o maior acidente de trabalho do Brasil, com 272 mortes, sendo 130 trabalhadores e 121 empregados terceirizados, além dos 2 nascituros e 19 moradores da comunidade e turistas.
Um estudo feito pela Fundação SOS Mata Atlântica mostrou que, antes da tragédia considerada o maior acidente de trabalho do Brasil, Brumadinho tinha 15.490 hectares bem preservados de Mata Atlântica, o equivalente a 830 campos de futebol. Isso representa 24,22% do que havia do bioma originalmente no município. Existiam também outros 7.058 hectares de florestas naturais. Além das 272 pessoas e de um incontável número de animais que morreram, o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão resultou na perda de 112 hectares de florestas nativas. Destes, 55 eram de áreas bem preservadas, monitoradas anualmente pelo Atlas da Mata Atlântica.
Indicadores obtidos um ano após o rompimento da barragem mostraram que a água do Rio Paraopeba continuava imprópria para uso ao longo dos 356 quilômetros impactados pelos rejeitos de minério. Nos 21 pontos de coleta monitorados, a qualidade da água estava ruim em 11 e péssima em nove. Segundo o Greenpeace Brasil, ao menos 17 municípios que ficam no entorno do rio foram afetados pelo desastre ambiental, atingindo cerca de 600 mil pessoas. Com a mudança drástica na qualidade da água, os ecossistemas, as atividades econômicas e a vida das comunidades dessas regiões hidrográficas foram bruscamente alteradas.
A análise detectou a presença de ferro, manganês e cobre em níveis muito acima dos limites máximos fixados na legislação. “O estrago que foi feito em Brumadinho no nível social e ambiental é irreparável, estamos falando de vidas, histórias, espécies biodiversas que foram ceifadas pelo mar de lama. O que aconteceu não foi um desastre ambiental de proporção local, foi um crime ambiental de alcance global, que afeta famílias e comunidades locais que sequer são consultadas no momento de implementação de uma barragem”, afirma Pamela Gopi, porta-voz da campanha de clima e justiça do Greenpeace Brasil.
No dia em que se completaram três anos do rompimento da barragem, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) informou que, em 2021, houve um aumento de 35% nas fiscalizações para vistoriar a eficiência das intervenções emergenciais, contenção e remoção de rejeitos, manejo de fauna, ações de restauração e reabilitação das áreas. Mas isso não é o bastante: a população entende que é muito importante que a prática do turismo ambiental seja retomada para que comerciantes, empreendedores, guias e famílias inteiras que dependem desta atividade econômica voltem a ter dignidade e esperança.
De acordo com estudo publicado pelo Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas), Minas Gerais é o terceiro estado que mais perdeu água nas últimas décadas: saldo negativo de mais de 118 mil hectares. O estado da Região Sudeste fica atrás apenas do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, ambos no Centro-Oeste do país.
#Amanhã pode ser tarde
- 446.881 acidentes de trabalho foram regisrados o Brasil em 2020
- 1.866 trabalhadores morrem no mesmo período
- São 8 mortes para cada 100 mil empregados
- São Paulo é líder em acidentes, com 148.103 casos
- Minas Gerais ocupa a segunda posição, com 46.901 acidente
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