Campanha #AmanhãPodeSerTarde alerta sobre a negligência que pode provocar mortes
O Brasil ocupa a segunda posição em mortalidade no trabalho. No Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho, em 27 de julho, o Projeto Legado de Brumadinho lançou a campanha #AmanhãPodeSerTarde para alertar sobre a importância de um ambiente de trabalho seguro.
O desabamento na empresa de contêineres Multiteiner, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, com 9 vítimas fatais, mostra o quanto há negligência e falta de cuidado com a vida humana nos locais de trabalho.
Segundo notícias já publicadas, era hora do expediente quando 64 trabalhadores estavam em um auditório da empresa de contêineres quando a laje desabou, na última terça-feira (20/09). Além dos 9 mortos, 28 pessoas ficaram feridas. De acordo com relatório divulgado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre os países do G20, grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, o Brasil ocupa a segunda posição em mortalidade no trabalho, com 6 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego.
Conforme o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, o País registrou 446.881 acidentes de trabalho em 2020, com 1.866 mortes. O número total de acidentes de trabalho no Brasil impressiona. Em 2021, em todos os setores econômicos, foram registrados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) 571 mil acidentes de trabalho no País. Por isso, treinamentos, fiscalizações, inspeções diárias e programas de estímulo à cultura da prevenção são tão urgentes e necessárias.
Campanhas de comunicação de utilidade pública também são necessárias para reforçar que a gestão de riscos é decisiva nos ambientes e instalações de trabalho. Descuidar ou negligenciar fatores de riscos pode trazer consequências irreversíveis.
Atenta à cultura de valorização e prioridade à vida, a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (AVABRUM) idealizou o Projeto Legado de Brumadinho que pretende contribuir para a ampliação do debate sobre a segurança do trabalho nas empresas. Se tivesse tido a atenção necessária, no passado, poderia ter sido evitado o maior acidente de trabalho da história do Brasil, de acordo com o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) e a Justiça do Trabalho de MG: a tragédia-crime causada pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG). Com a ruptura do reservatório, um tsunami de 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro matou 272 pessoas na cidade mineira, em 25 de janeiro de 2019.
Do total, 251 vítimas eram trabalhadores (131 empregados diretos da Vale e 119 funcionários terceirizados da mineradora) soterrados no dia da tragédia. Todos eles morreram no horário do expediente. Nestes casos, quando se verifica a negligência das empresas, os acidentes ultrapassam a caracterização de “acidente de trabalho” e são vistos como eventos de responsabilidade criminal visto que não houve compromisso verdadeiro com as vidas humanas.
Saiba mais sobre a campanha #Amanhã pode ser tarde
A campanha #Amanhã pode ser tarde traz depoimentos de familiares de vítimas do rompimento da barragem. A campanha tem como objetivo fazer um alerta para que as ações de prevenção e de segurança no trabalho sejam tomadas com celeridade e diligência.
A Associação Brasileira de Comunicação Pública é parceira do projeto, prestando apoio técnico na campanha e na realização de eventos sobre a comunicação pública em situações de emergência.
Foram produzidas três peças publicitárias com testemunhos de familiares para dar a dimensão humana por trás do colapso da barragem. Há testemunhos de uma mãe, uma irmã e um primo, respectivamente, de Priscila Elen Silva, 29 anos, Sirlei de Brito Ribeiro, 48 anos, e Flaviano Filho, 34 anos, mortos em decorrência do rompimento da barragem. A campanha está sendo divulgada nos canais, página na web e redes sociais do Projeto Legado de Brumadinho.
A segunda fase da campanha será em novembro, com novos depoimentos de parentes das vítimas. Novembro marcará os 7 anos de outra tragédia na mineração – a de Mariana (rompimento da barragem da Samarco, uma joint venture entre a Vale e da BHP Billiton. A campanha culminará em janeiro de 2023, data em que já terão se passados 4 anos da maior tragédia-crime de Brumadinho.
Os três vídeos foram colhidos junto a integrantes da AVABRUM e começam com a impactante imagem do exato momento em que a enorme barragem entra em colapso. Segundo Lariza Squeff, diretora da LS Comunicação, que coordena as ações de comunicação e publicidade do Projeto, os três vídeos, de 47 segundos cada, “se baseiam na ideia do direito à memória das histórias das vítimas, além de servir de alerta sobre os danos existenciais causados nos familiares e sobre os danos ambientais”. A campanha segue a premissa do Projeto Legado de Brumadinho, de assegurar o direito à memória das histórias das vítimas, além de servir de alerta para que o descuido com a vida humana e com a segurança no trabalho não voltem a se repetir.
Presidente da AVABRUM, Alexandra Andrade, salienta que “o Brasil tem o péssimo hábito de esquecer e não aprender com suas tragédias. É preciso dar voz às pessoas que estão vivendo essa perda. Os erros precisam se tornar lições para que nunca mais sejam cometidos. Quando o valor da vida só está presente em campanhas corporativas bonitas, de responsabilidade social e ESG [Environmental, social and governance – meio ambiente, social e governança], bate um sentimento de grande frustração. É fundamental lembrar que, nos casos de Brumadinho e de Mariana, as empresas deixaram seus trabalhadores e a comunidade totalmente vulneráveis”.
Confira alguns textos sobre acidentes de trabalho e da campanha “Amanhã pode ser tarde”:
Veja alguns vídeos da campanha “Amanhã pode ser tarde”:
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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas. #brumadinho #acidentedetrabalho #amanhapodesertarde #legadodebrumadinho
O Brasil ocupa a segunda posição em mortalidade no trabalho. No Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho, em 27 de julho, o Projeto Legado de Brumadinho lançou a campanha #AmanhãPodeSerTarde para alertar sobre a importância de um ambiente de trabalho seguro.
O desabamento na empresa de contêineres Multiteiner, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, com 9 vítimas fatais, mostra o quanto há negligência e falta de cuidado com a vida humana nos locais de trabalho.
Segundo notícias já publicadas, era hora do expediente quando 64 trabalhadores estavam em um auditório da empresa de contêineres quando a laje desabou, na última terça-feira (20/09). Além dos 9 mortos, 28 pessoas ficaram feridas. De acordo com relatório divulgado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre os países do G20, grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, o Brasil ocupa a segunda posição em mortalidade no trabalho, com 6 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego.
Conforme o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, o País registrou 446.881 acidentes de trabalho em 2020, com 1.866 mortes. O número total de acidentes de trabalho no Brasil impressiona. Em 2021, em todos os setores econômicos, foram registrados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) 571 mil acidentes de trabalho no País. Por isso, treinamentos, fiscalizações, inspeções diárias e programas de estímulo à cultura da prevenção são tão urgentes e necessárias.
Campanhas de comunicação de utilidade pública também são necessárias para reforçar que a gestão de riscos é decisiva nos ambientes e instalações de trabalho. Descuidar ou negligenciar fatores de riscos pode trazer consequências irreversíveis.
Atenta à cultura de valorização e prioridade à vida, a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (AVABRUM) idealizou o Projeto Legado de Brumadinho que pretende contribuir para a ampliação do debate sobre a segurança do trabalho nas empresas. Se tivesse tido a atenção necessária, no passado, poderia ter sido evitado o maior acidente de trabalho da história do Brasil, de acordo com o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) e a Justiça do Trabalho de MG: a tragédia-crime causada pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG). Com a ruptura do reservatório, um tsunami de 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro matou 272 pessoas na cidade mineira, em 25 de janeiro de 2019.
Do total, 251 vítimas eram trabalhadores (131 empregados diretos da Vale e 119 funcionários terceirizados da mineradora) soterrados no dia da tragédia. Todos eles morreram no horário do expediente. Nestes casos, quando se verifica a negligência das empresas, os acidentes ultrapassam a caracterização de “acidente de trabalho” e são vistos como eventos de responsabilidade criminal visto que não houve compromisso verdadeiro com as vidas humanas.
Saiba mais sobre a campanha #Amanhã pode ser tarde
A campanha #Amanhã pode ser tarde traz depoimentos de familiares de vítimas do rompimento da barragem. A campanha tem como objetivo fazer um alerta para que as ações de prevenção e de segurança no trabalho sejam tomadas com celeridade e diligência.
A Associação Brasileira de Comunicação Pública é parceira do projeto, prestando apoio técnico na campanha e na realização de eventos sobre a comunicação pública em situações de emergência.
Foram produzidas três peças publicitárias com testemunhos de familiares para dar a dimensão humana por trás do colapso da barragem. Há testemunhos de uma mãe, uma irmã e um primo, respectivamente, de Priscila Elen Silva, 29 anos, Sirlei de Brito Ribeiro, 48 anos, e Flaviano Filho, 34 anos, mortos em decorrência do rompimento da barragem. A campanha está sendo divulgada nos canais, página na web e redes sociais do Projeto Legado de Brumadinho.
A segunda fase da campanha será em novembro, com novos depoimentos de parentes das vítimas. Novembro marcará os 7 anos de outra tragédia na mineração – a de Mariana (rompimento da barragem da Samarco, uma joint venture entre a Vale e da BHP Billiton. A campanha culminará em janeiro de 2023, data em que já terão se passados 4 anos da maior tragédia-crime de Brumadinho.
Os três vídeos foram colhidos junto a integrantes da AVABRUM e começam com a impactante imagem do exato momento em que a enorme barragem entra em colapso. Segundo Lariza Squeff, diretora da LS Comunicação, que coordena as ações de comunicação e publicidade do Projeto, os três vídeos, de 47 segundos cada, “se baseiam na ideia do direito à memória das histórias das vítimas, além de servir de alerta sobre os danos existenciais causados nos familiares e sobre os danos ambientais”. A campanha segue a premissa do Projeto Legado de Brumadinho, de assegurar o direito à memória das histórias das vítimas, além de servir de alerta para que o descuido com a vida humana e com a segurança no trabalho não voltem a se repetir.
Presidente da AVABRUM, Alexandra Andrade, salienta que “o Brasil tem o péssimo hábito de esquecer e não aprender com suas tragédias. É preciso dar voz às pessoas que estão vivendo essa perda. Os erros precisam se tornar lições para que nunca mais sejam cometidos. Quando o valor da vida só está presente em campanhas corporativas bonitas, de responsabilidade social e ESG [Environmental, social and governance – meio ambiente, social e governança], bate um sentimento de grande frustração. É fundamental lembrar que, nos casos de Brumadinho e de Mariana, as empresas deixaram seus trabalhadores e a comunidade totalmente vulneráveis”.
Confira alguns textos sobre acidentes de trabalho e da campanha “Amanhã pode ser tarde”:
Veja alguns vídeos da campanha “Amanhã pode ser tarde”:
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Projeto realizado com recursos destinados pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas. #brumadinho #acidentedetrabalho #amanhapodesertarde #legadodebrumadinho
Dia 7 vai ter concerto com Marcus Viana, autor da trilha do Pantanal, e debate com Padre Júlio, Marina Siva e Daniela Arbex
Leia +São Paulo é o líder, com 35% das ocorrências, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
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