Brumadinho: ‘Somos contra a mineração que mata’, afirma representante da AVABRUM no último dia da Exposibram 2024, em Belo Horizonte
No estande da AVABRUM, familiares das vítimas destacaram a falta de responsabilização pelo rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 25 de janeiro de 2019. A feira aconteceu de 9 a 12 de setembro, no Expominas
Brumadinho, 13 de setembro de 2024 – “Somos contra a mineração que mata”, afirmou a representante da AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) no último dia da Exposibram 2024. No estande da AVABRUM, familiares das vítimas ressaltaram as consequências do rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, que tirou a vida de 272 pessoas. Clamaram por justiça e responsabilização. Apesar de reconhecerem a presença da mineração em diversos aspectos do cotidiano, reforçaram que a mineração predatória foi a causa dessa tragédia. Passados 5 anos e 7 meses desde o colapso, ninguém foi responsabilizado. A feira ocorreu entre os dias 9 e 12 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte.
Para que nunca mais aconteça
Entre os esforços da AVABRUM estão a luta por justiça, a busca por Tiago Silva, Maria Bueno e Nathália Araújo — três vítimas ainda não localizadas —, a preservação da memória e a defesa dos direitos dos familiares. A associação também carrega a bandeira da não repetição, acreditando que a justiça por Brumadinho é um compromisso com toda a sociedade, para que vidas não sejam colocadas em risco devido à negligência humana.
“Sabemos o quanto a mineração é importante e está presente em muitos aspectos de nossas vidas. Mas de que adianta essa importância quando nossos filhos foram enterrados junto com equipamentos produzidos pelos minérios? Celulares, carros, alianças e outros objetos de ferro foram retorcidos e destruídos. A nossa busca é para que isso nunca mais aconteça, disse Maria Regina da Silva, diretora da AVABRUM e mãe de Priscila Elen Silva, de 29 anos, que morreu na tragédia-crime da Vale.
‘Justiça por Brumadinho precisa ser pedagógica’
Ela ainda salientou: “Este estande tem um caráter social e visa gerar impacto, fazendo com que as pessoas entendam que não é apenas uma luta dos familiares, mas uma luta da sociedade como um todo. A justiça por Brumadinho precisa ser pedagógica, para garantir que crimes como esse nunca mais se repitam e para que ninguém tenha que chorar por isso”.
Durante os quatro dias de evento, mais de 600 pessoas passaram pelo estande da AVABRUM, se emocionaram, se impactaram e expressaram seu apoio à causa da associação. Entre essas pessoas, também visitaram o estande representantes do setor minerário, prestando sua atenção.
‘Precisamos de apoio real e consciente’
Como destacou Josiane Melo, diretora da AVABRUM e irmã de Eliane Melo, que estava grávida de 5 meses de Maria Elisa: “Muitas vezes tivemos que explicar que nossa presença não é apenas para comover o público. Precisamos de apoio real e consciente. A luta dos familiares não é emocional, é uma busca por justiça. É fundamental que as pessoas entendam que não estamos ali apenas para contar histórias difíceis, mas para exigir justiça e garantir que tais tragédias nunca mais se repitam”.
Para apoiar a causa da AVABRUM e obter mais informações sobre como se envolver na luta por justiça e a não repetição de tragédias como a de Brumadinho, visite nosso site: www.avabrum.org.br.
No estande da AVABRUM, familiares das vítimas destacaram a falta de responsabilização pelo rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 25 de janeiro de 2019. A feira aconteceu de 9 a 12 de setembro, no Expominas
Brumadinho, 13 de setembro de 2024 – “Somos contra a mineração que mata”, afirmou a representante da AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) no último dia da Exposibram 2024. No estande da AVABRUM, familiares das vítimas ressaltaram as consequências do rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, que tirou a vida de 272 pessoas. Clamaram por justiça e responsabilização. Apesar de reconhecerem a presença da mineração em diversos aspectos do cotidiano, reforçaram que a mineração predatória foi a causa dessa tragédia. Passados 5 anos e 7 meses desde o colapso, ninguém foi responsabilizado. A feira ocorreu entre os dias 9 e 12 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte.
Para que nunca mais aconteça
Entre os esforços da AVABRUM estão a luta por justiça, a busca por Tiago Silva, Maria Bueno e Nathália Araújo — três vítimas ainda não localizadas —, a preservação da memória e a defesa dos direitos dos familiares. A associação também carrega a bandeira da não repetição, acreditando que a justiça por Brumadinho é um compromisso com toda a sociedade, para que vidas não sejam colocadas em risco devido à negligência humana.
“Sabemos o quanto a mineração é importante e está presente em muitos aspectos de nossas vidas. Mas de que adianta essa importância quando nossos filhos foram enterrados junto com equipamentos produzidos pelos minérios? Celulares, carros, alianças e outros objetos de ferro foram retorcidos e destruídos. A nossa busca é para que isso nunca mais aconteça, disse Maria Regina da Silva, diretora da AVABRUM e mãe de Priscila Elen Silva, de 29 anos, que morreu na tragédia-crime da Vale.
‘Justiça por Brumadinho precisa ser pedagógica’
Ela ainda salientou: “Este estande tem um caráter social e visa gerar impacto, fazendo com que as pessoas entendam que não é apenas uma luta dos familiares, mas uma luta da sociedade como um todo. A justiça por Brumadinho precisa ser pedagógica, para garantir que crimes como esse nunca mais se repitam e para que ninguém tenha que chorar por isso”.
Durante os quatro dias de evento, mais de 600 pessoas passaram pelo estande da AVABRUM, se emocionaram, se impactaram e expressaram seu apoio à causa da associação. Entre essas pessoas, também visitaram o estande representantes do setor minerário, prestando sua atenção.
‘Precisamos de apoio real e consciente’
Como destacou Josiane Melo, diretora da AVABRUM e irmã de Eliane Melo, que estava grávida de 5 meses de Maria Elisa: “Muitas vezes tivemos que explicar que nossa presença não é apenas para comover o público. Precisamos de apoio real e consciente. A luta dos familiares não é emocional, é uma busca por justiça. É fundamental que as pessoas entendam que não estamos ali apenas para contar histórias difíceis, mas para exigir justiça e garantir que tais tragédias nunca mais se repitam”.
Para apoiar a causa da AVABRUM e obter mais informações sobre como se envolver na luta por justiça e a não repetição de tragédias como a de Brumadinho, visite nosso site: www.avabrum.org.br.
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