Brumadinho é uma das 30 cidades a receber pintura do projeto mundial ‘Beyond Walls’
O artista francês Saype realizou uma obra de arte inédita, em dimensões gigantescas, no campo de futebol do Córrego do Feijão, em homenagem às vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem, que completa 3 anos e meio no próximo dia 25 de julho
O artista francês Saype concluiu com sucesso a 16ª etapa do seu projeto mundial Beyond Walls (além dos muros), em Brumadinho, com a realização de uma pintura gigantesca no campo de futebol do Córrego do Feijão. A intenção é ressignificar o local que os bombeiros usaram para aterrizar helicópteros com corpos de vítimas do rompimento da barragem da Vale, em 2019. Um lugar onde, antes do ocorrido, as crianças brincavam e depois virou sinônimo de trauma para os moradores. Agora é palco de uma obra de arte, que evoca o dar as mãos por um mundo mais justo. Com essa pintura, em Minas Gerais, Saype também busca gerar repercussão nacional e internacional acerca dos impactos e tragédias da mineração.
Brumadinho entrou para o rol das 30 cidades ao redor do mundo escolhidas pelo artista para deixar sua marca com o Projeto Beyond Walls, que foi iniciado em 2019 e deve ser concluido em 2023. Saype é o nome artístico de Guillaume Legros, um dos pioneiros da nova geração de “land art” (arte com e na natureza), cujo trabalho está sempre relacionado com questões sócio-ambientais. “Acredito que somente juntos poderemos enfrentar os diferentes desafios que a humanidade tem atualmente. Estou em Brumadinho para mais uma etapa de um projeto que vai criar simbolicamente a maior corrente humana do mundo. Imagino que seja difícil para as pessoas que vivenciaram o rompimento da barragem do Córrego do Feijão criarem um futuro promissor, e sendo um artista, posso ampliar a voz e apoiar essas pessoas em sua luta”, declara Saype. Sobre a indústria da mineração, ele afirma que “precisamos das minas e suas matérias-primas, e meu objetivo é dar visibilidade aos aspectos socioambientais do setor, e enfatizar que é necessário que a indústria garanta condições de trabalho seguras e que respeite a vida e o meio ambiente.”
A presidente da AVABRUM (Associação de Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho), Alexandra Andrade, destaca as formas com que o trabalho do artista se relaciona com a causa da cidade: “O Saype desenvolve uma pintura que impacta de várias formas: seu tamanho gigantesco, o uso de um material que não agride o meio ambiente e também porque ela é efêmera, desaparece, mas deixa um símbolo na cabeça da gente de união, de solidariedade, de luta. E isso tem tudo a ver com os objetivos da AVABRUM e do nosso Projeto Legado de Brumadinho*. Não queremos que essa tragédia caia no esquecimento. 272 pessoas foram engolidas vivas pela lama, e isso não pode ser em vão, não pode ser esquecido. Governos e empresas têm de tomar providências para que isso nunca mais se repita. E o Saype, ao trazer para Brumadinho o seu Projeto Beyond Walls, que significa Além dos Muros, ajuda a levar a nossa causa para o mundo todo.”
Em sintonia com os anseios das comunidades de Brumadinho e Córrego do Feijão, Saype declarou: “enquanto eu estava pintando a minha obra no campo de futebol, fiquei pensando nas 272 vítimas e seus familiares. e espero que a minha arte, de alguma maneira, traga um pouco de leveza e esperança”. Mas a passagem de Saype por Brumadinho não se limitou a realizar uma obra de arte. Ele participou também de outras atividades junto a população local, em homenagem às vítimas do rompimento da Barragem, e em solidariedade aos familiares e demais atingidos. Na sexta-feira, dia 22, Saype integrou a Roda de Conversa “Memória não morrerá: arte e narrativas – o Legado de Brumadinho”, ao lado do multi artista mineiro Sérgio Pererê, da escritora Carla Madeira, da professora Maria Fernanda Salcedo e da engenheira Josiane Melo, da AVABRUM .
No domingo, dia 24, ele convidou a comunidade para conhecer o resultado da pintura no campo de Futebol do Córrego do Feijão, onde realizaram um abraço coletivo. Nesta segunda-feira, dia 25, a programação terá encerramento ao meio-dia, no letreiro da entrada de Brumadinho, com um ato em tributo às vítimas do rompimento da barragem.
Para Saype, “a questão da mineração e seus impactos é um problema mundial e muito atual no âmbito da sustentabilidade e cuidado com a vida humana”. O convite ao francês partiu do Legado de Brumadinho, projeto idealizado pela AVABRUM em memória do maior acidente de trabalho do Brasil e criado na tentativa de estabelecer uma nova mentalidade na sociedade sobre a importância das políticas de saúde e segurança no trabalho.
O artista francês Saype realizou uma obra de arte inédita, em dimensões gigantescas, no campo de futebol do Córrego do Feijão, em homenagem às vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem, que completa 3 anos e meio no próximo dia 25 de julho
O artista francês Saype concluiu com sucesso a 16ª etapa do seu projeto mundial Beyond Walls (além dos muros), em Brumadinho, com a realização de uma pintura gigantesca no campo de futebol do Córrego do Feijão. A intenção é ressignificar o local que os bombeiros usaram para aterrizar helicópteros com corpos de vítimas do rompimento da barragem da Vale, em 2019. Um lugar onde, antes do ocorrido, as crianças brincavam e depois virou sinônimo de trauma para os moradores. Agora é palco de uma obra de arte, que evoca o dar as mãos por um mundo mais justo. Com essa pintura, em Minas Gerais, Saype também busca gerar repercussão nacional e internacional acerca dos impactos e tragédias da mineração.
Brumadinho entrou para o rol das 30 cidades ao redor do mundo escolhidas pelo artista para deixar sua marca com o Projeto Beyond Walls, que foi iniciado em 2019 e deve ser concluido em 2023. Saype é o nome artístico de Guillaume Legros, um dos pioneiros da nova geração de “land art” (arte com e na natureza), cujo trabalho está sempre relacionado com questões sócio-ambientais. “Acredito que somente juntos poderemos enfrentar os diferentes desafios que a humanidade tem atualmente. Estou em Brumadinho para mais uma etapa de um projeto que vai criar simbolicamente a maior corrente humana do mundo. Imagino que seja difícil para as pessoas que vivenciaram o rompimento da barragem do Córrego do Feijão criarem um futuro promissor, e sendo um artista, posso ampliar a voz e apoiar essas pessoas em sua luta”, declara Saype. Sobre a indústria da mineração, ele afirma que “precisamos das minas e suas matérias-primas, e meu objetivo é dar visibilidade aos aspectos socioambientais do setor, e enfatizar que é necessário que a indústria garanta condições de trabalho seguras e que respeite a vida e o meio ambiente.”
A presidente da AVABRUM (Associação de Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho), Alexandra Andrade, destaca as formas com que o trabalho do artista se relaciona com a causa da cidade: “O Saype desenvolve uma pintura que impacta de várias formas: seu tamanho gigantesco, o uso de um material que não agride o meio ambiente e também porque ela é efêmera, desaparece, mas deixa um símbolo na cabeça da gente de união, de solidariedade, de luta. E isso tem tudo a ver com os objetivos da AVABRUM e do nosso Projeto Legado de Brumadinho*. Não queremos que essa tragédia caia no esquecimento. 272 pessoas foram engolidas vivas pela lama, e isso não pode ser em vão, não pode ser esquecido. Governos e empresas têm de tomar providências para que isso nunca mais se repita. E o Saype, ao trazer para Brumadinho o seu Projeto Beyond Walls, que significa Além dos Muros, ajuda a levar a nossa causa para o mundo todo.”
Em sintonia com os anseios das comunidades de Brumadinho e Córrego do Feijão, Saype declarou: “enquanto eu estava pintando a minha obra no campo de futebol, fiquei pensando nas 272 vítimas e seus familiares. e espero que a minha arte, de alguma maneira, traga um pouco de leveza e esperança”. Mas a passagem de Saype por Brumadinho não se limitou a realizar uma obra de arte. Ele participou também de outras atividades junto a população local, em homenagem às vítimas do rompimento da Barragem, e em solidariedade aos familiares e demais atingidos. Na sexta-feira, dia 22, Saype integrou a Roda de Conversa “Memória não morrerá: arte e narrativas – o Legado de Brumadinho”, ao lado do multi artista mineiro Sérgio Pererê, da escritora Carla Madeira, da professora Maria Fernanda Salcedo e da engenheira Josiane Melo, da AVABRUM .
No domingo, dia 24, ele convidou a comunidade para conhecer o resultado da pintura no campo de Futebol do Córrego do Feijão, onde realizaram um abraço coletivo. Nesta segunda-feira, dia 25, a programação terá encerramento ao meio-dia, no letreiro da entrada de Brumadinho, com um ato em tributo às vítimas do rompimento da barragem.
Para Saype, “a questão da mineração e seus impactos é um problema mundial e muito atual no âmbito da sustentabilidade e cuidado com a vida humana”. O convite ao francês partiu do Legado de Brumadinho, projeto idealizado pela AVABRUM em memória do maior acidente de trabalho do Brasil e criado na tentativa de estabelecer uma nova mentalidade na sociedade sobre a importância das políticas de saúde e segurança no trabalho.
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