Brumadinho e a construção de uma rede de indignação e esperança
Como seguir em frente com tanta dor e revolta causadas no passado? Com esta questão, a jornalista Giane Gatti inicia seu artigo sobre o seminário Redes de Indignação e Esperança, realizado em Brumadinho no último dia 7 de maio, véspera do Dia das Mães.
O evento contou com a participação da ex-senadora Marina Silva; do Padre Júlio Lancellotti, da Paróquia São Miguel Arcanjo na Mooca, em São Paulo; da jornalista e escritora Daniela Arbex, autora do primoroso livro Arrastados, sobre a tragédia; e Alexandra Andrade, presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo rompimento da barragem (AVABRUM).
Na fala de abertura, Alexandra pediu um minuto de silêncio em honra e homenagem a todas as 272 vítimas. “Um minuto de silêncio que convida a todos aqui presentes a lutarem conosco por justiça,” explicou.
O seminário ouviu também Luciana Marques Coutinho, Procuradora do Ministério Público do Trabalho, de Minas Gerais, integrante do Grupo Especial de Atuação Finalística – GEAF criado para atuar nas reparações trabalhistas devidas pela Vale S/A em decorrência do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho.
“Foram 272 vidas ceifadas pela tragédia no interior da mina da Vale, a maioria eram trabalhadores e trabalhadoras que estavam trabalhando no momento da ocorrência. Por isto esta tragédia é considerada o maior, o mais grave, o mais trágico acidente de trabalho já ocorrido no Brasil. E chamamos acidente a tragédia na Mina Córrego do Feijão porque este é o termo técnico, jurídico utilizado para este caso”, explicou a procuradora, acrescentando: “todavia todos nós sabemos que não foi um acidente no sentido lato, no sentido comum da palavra. Acidente remete a algo fortuito, inesperado, e nesse caso não foi isto. Foi uma tragédia anunciada porque se comprovou a negligência da empresa com cautelas e cuidados que deveriam ter sido adotados para evitar acidentes de trabalho. E não foram, como bem explicados na palavra da Alexandra, presidente da AVABRUM.
O evento foi o lançamento oficial do Legado de Brumadinho, projeto que nasceu do sonho da AVABRUM e que quer fixar na sociedade temas dentro do âmbito da segurança do trabalho que, se tivessem tido a atenção necessária no passado, poderiam ter evitado o maior acidente de trabalho da história do Brasil, quando 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro matou 272 pessoas em Minas Gerais, no rompimento da Barragem da Mina do Córrego do Feijão.
Leia aqui o texto na íntegra da jornalista Giane Gatti, publicado no portal Plurale Em Site.
Como seguir em frente com tanta dor e revolta causadas no passado? Com esta questão, a jornalista Giane Gatti inicia seu artigo sobre o seminário Redes de Indignação e Esperança, realizado em Brumadinho no último dia 7 de maio, véspera do Dia das Mães.
O evento contou com a participação da ex-senadora Marina Silva; do Padre Júlio Lancellotti, da Paróquia São Miguel Arcanjo na Mooca, em São Paulo; da jornalista e escritora Daniela Arbex, autora do primoroso livro Arrastados, sobre a tragédia; e Alexandra Andrade, presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo rompimento da barragem (AVABRUM).
Na fala de abertura, Alexandra pediu um minuto de silêncio em honra e homenagem a todas as 272 vítimas. “Um minuto de silêncio que convida a todos aqui presentes a lutarem conosco por justiça,” explicou.
O seminário ouviu também Luciana Marques Coutinho, Procuradora do Ministério Público do Trabalho, de Minas Gerais, integrante do Grupo Especial de Atuação Finalística – GEAF criado para atuar nas reparações trabalhistas devidas pela Vale S/A em decorrência do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho.
“Foram 272 vidas ceifadas pela tragédia no interior da mina da Vale, a maioria eram trabalhadores e trabalhadoras que estavam trabalhando no momento da ocorrência. Por isto esta tragédia é considerada o maior, o mais grave, o mais trágico acidente de trabalho já ocorrido no Brasil. E chamamos acidente a tragédia na Mina Córrego do Feijão porque este é o termo técnico, jurídico utilizado para este caso”, explicou a procuradora, acrescentando: “todavia todos nós sabemos que não foi um acidente no sentido lato, no sentido comum da palavra. Acidente remete a algo fortuito, inesperado, e nesse caso não foi isto. Foi uma tragédia anunciada porque se comprovou a negligência da empresa com cautelas e cuidados que deveriam ter sido adotados para evitar acidentes de trabalho. E não foram, como bem explicados na palavra da Alexandra, presidente da AVABRUM.
O evento foi o lançamento oficial do Legado de Brumadinho, projeto que nasceu do sonho da AVABRUM e que quer fixar na sociedade temas dentro do âmbito da segurança do trabalho que, se tivessem tido a atenção necessária no passado, poderiam ter evitado o maior acidente de trabalho da história do Brasil, quando 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro matou 272 pessoas em Minas Gerais, no rompimento da Barragem da Mina do Córrego do Feijão.
Leia aqui o texto na íntegra da jornalista Giane Gatti, publicado no portal Plurale Em Site.
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