País está entre os que mais registram acidentes de trabalho
O Brasil está entre os países que mais registram acidentes de trabalho em todo o mundo. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), foram 446.881 ocorrências do gênero somente em 2020. Segundo relatório divulgado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre os países do G20, grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, o Brasil ocupa a segunda posição em mortalidade no trabalho, com 6 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego.
Apesar disso, ainda há um abismo entre a frieza das estatísticas e a realidade de quem sofre na pele os problemas provocados pela falta de estrutura adequada. É por isso que familiares de vítimas e especialistas pedem celeridade da justiça e dos órgãos de fiscalização, para que a lista das grandes tragédias brasileiras não ganhe novos capítulos.
Juntos, os cinco maiores acidentes de trabalho com mortes no Brasil tiraram a vida de 434 pessoas.
Foram 272 vítimas em Brumadinho/MG, 69 no desabamento de um galpão em Belo Horizonte/MG (1971), 62 contaminados por agrotóxicos em Paulínia/SP, 20 na tragédia de Mariana/MG (2015) e 11 na explosão da plataforma P-36 da Petrobras, na Bacia de Campos/RJ (2001).
“Infelizmente, no Brasil, a cultura de segurança não faz parte do cotidiano das pessoas”, lamenta Claudio Ferreira dos Santos, o Kcau, secretário executivo da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest).
Três anos depois de Brumadinho, o Corpo de Bombeiros ainda busca por ‘seis joias’ – como são chamadas por familiares as vítimas fatais da tragédia – violentamente soterradas por mais de 10 milhões de metros cúbicos de lama. O desastre envolvendo a barragem B1 da Mina Córrego do Feijão aconteceu em 25 de janeiro de 2019 e, de acordo com especialistas, é considerado o maior acidente de trabalho do Brasil. Duas mulheres grávidas estavam entre as 272 vítimas.
O segundo maior acidente já registrado no país também aconteceu em Minas Gerais. O caso foi registrado na cidade de Belo Horizonte, em 4 de fevereiro de 1971, quando houve o desabamento do pavilhão da Gameleira, um grande parque de exposições, idealizado por Oscar Niemeyer. Naquele dia, 69 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Nenhuma vítima foi indenizada.
Outra catástrofe que chocou o Brasil aconteceu em Paulínia, interior de São Paulo, onde ficava instalada a fábrica da Shell, posteriormente vendida para a Basf. A empresa funcionou de 1974 até 2002, ano em foi interditada por ordem judicial. Ao longo dessas quatro décadas, pelo menos 62 pessoas morreram intoxicadas por agrotóxicos produzidos no local. Além disso, os produtos contaminaram o solo e afetaram mais de mil profissionais.
A tragédia de Mariana, Região Central de Minas Gerais, segue na memória dos brasileiros. Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão despejou mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos e matou 20 pessoas, entre elas um nascituro. Os impactos ambientais, sociais e econômicos foram catastróficos. Este é considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil.
Na madrugada de 15 de março de 2001, a plataforma P-36 da Petrobras, que operava no campo de Roncador, na Bacia de Campos, sofreu duas explosões em uma de suas colunas. A segunda delas causou a morte dos 11 trabalhadores que integravam a brigada de incêndio da unidade. A P-36 era a maior plataforma de produção de petróleo em alto-mar da época e custou à estatal brasileira US$ 350 milhões.
#Amanhã pode ser tarde
- 446.881 acidentes de trabalho foram regisrados o Brasil em 2020
- 1.866 trabalhadores morrem no mesmo período
- São 8 mortes para cada 100 mil empregados
- São Paulo é líder em acidentes, com 148.103 casos
- Minas Gerais ocupa a segunda posição, com 46.901 acidente
- Brumadinho foi o maior acidente de trabalho do Brasil, com 272 mortes, sendo 130 trabalhadores e 121 empregados terceirizados, além dos 2 nascituros e 19 moradores da comunidade e turistas.
Crédito Foto: Facebook Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
O Brasil está entre os países que mais registram acidentes de trabalho em todo o mundo. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), foram 446.881 ocorrências do gênero somente em 2020. Segundo relatório divulgado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre os países do G20, grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, o Brasil ocupa a segunda posição em mortalidade no trabalho, com 6 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego.
Apesar disso, ainda há um abismo entre a frieza das estatísticas e a realidade de quem sofre na pele os problemas provocados pela falta de estrutura adequada. É por isso que familiares de vítimas e especialistas pedem celeridade da justiça e dos órgãos de fiscalização, para que a lista das grandes tragédias brasileiras não ganhe novos capítulos.
Juntos, os cinco maiores acidentes de trabalho com mortes no Brasil tiraram a vida de 434 pessoas.
Foram 272 vítimas em Brumadinho/MG, 69 no desabamento de um galpão em Belo Horizonte/MG (1971), 62 contaminados por agrotóxicos em Paulínia/SP, 20 na tragédia de Mariana/MG (2015) e 11 na explosão da plataforma P-36 da Petrobras, na Bacia de Campos/RJ (2001).
“Infelizmente, no Brasil, a cultura de segurança não faz parte do cotidiano das pessoas”, lamenta Claudio Ferreira dos Santos, o Kcau, secretário executivo da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest).
Três anos depois de Brumadinho, o Corpo de Bombeiros ainda busca por ‘seis joias’ – como são chamadas por familiares as vítimas fatais da tragédia – violentamente soterradas por mais de 10 milhões de metros cúbicos de lama. O desastre envolvendo a barragem B1 da Mina Córrego do Feijão aconteceu em 25 de janeiro de 2019 e, de acordo com especialistas, é considerado o maior acidente de trabalho do Brasil. Duas mulheres grávidas estavam entre as 272 vítimas.
O segundo maior acidente já registrado no país também aconteceu em Minas Gerais. O caso foi registrado na cidade de Belo Horizonte, em 4 de fevereiro de 1971, quando houve o desabamento do pavilhão da Gameleira, um grande parque de exposições, idealizado por Oscar Niemeyer. Naquele dia, 69 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Nenhuma vítima foi indenizada.
Outra catástrofe que chocou o Brasil aconteceu em Paulínia, interior de São Paulo, onde ficava instalada a fábrica da Shell, posteriormente vendida para a Basf. A empresa funcionou de 1974 até 2002, ano em foi interditada por ordem judicial. Ao longo dessas quatro décadas, pelo menos 62 pessoas morreram intoxicadas por agrotóxicos produzidos no local. Além disso, os produtos contaminaram o solo e afetaram mais de mil profissionais.
A tragédia de Mariana, Região Central de Minas Gerais, segue na memória dos brasileiros. Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão despejou mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos e matou 20 pessoas, entre elas um nascituro. Os impactos ambientais, sociais e econômicos foram catastróficos. Este é considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil.
Na madrugada de 15 de março de 2001, a plataforma P-36 da Petrobras, que operava no campo de Roncador, na Bacia de Campos, sofreu duas explosões em uma de suas colunas. A segunda delas causou a morte dos 11 trabalhadores que integravam a brigada de incêndio da unidade. A P-36 era a maior plataforma de produção de petróleo em alto-mar da época e custou à estatal brasileira US$ 350 milhões.
#Amanhã pode ser tarde
- 446.881 acidentes de trabalho foram regisrados o Brasil em 2020
- 1.866 trabalhadores morrem no mesmo período
- São 8 mortes para cada 100 mil empregados
- São Paulo é líder em acidentes, com 148.103 casos
- Minas Gerais ocupa a segunda posição, com 46.901 acidente
- Brumadinho foi o maior acidente de trabalho do Brasil, com 272 mortes, sendo 130 trabalhadores e 121 empregados terceirizados, além dos 2 nascituros e 19 moradores da comunidade e turistas.
Crédito Foto: Facebook Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
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